As Vestes


AS VESTES TALARES NA UNIVERSIDADE
As vestes talares, de uso característico pelos clérigos, têm sua origem nos trajes sacerdotais da antiga Roma. No ambiente acadêmico, fazem parte do Cerimonial, sendo adotadas pelas universidades européias a partir do século XIII, com o aparecimento da figura do reitor. Símbolos de poder, de posição hierárquica, as vestes talares têm o objetivo de destacar as pessoas que as utilizam das demais, dando-lhes especial representatividade. Os advogados também usam vestes talares (beca) em sua profissão. A palavra talar vem do latim talus, calcanhar, daí a expressão veste talar, "aquela cujo comprimento vai até os calcanhares"
Origem: Wikipédia


As perguntas que recebemos são, em sua essência, essas:

"Sou relações públicas do Centro Universitário X. Para a solenidade de colação de grau o Reitor recusa-se a usar as vestes talares. É obrigatório? Como convencê-lo?".

"Sou chefe do Cerimonial da Universidade Y. Para a cerimônia de outorga do título Doutor Honoris Causa, o Reitor recusa-se a usar as vestes talares e o agraciado estará com o traje que o cerimonial estabelece. O que fazer?".

O militar, ao atingir o generalato recebe a espada e usa o TRAJE correspondente. O Juiz, a TOGA. O Bispo, as VESTES e o anel. O Reitor, as
VESTES TALARES. São esses símbolos que destacam a autoridade, o poder e os limites no exercício de cargos de alta responsabilidade sobre os demais.

As vestes talares não devem ser confundidas com os TRAJES DE CORTE - manto, coroa e cetro - , utilizados no cerimonial eclesiástico da Igreja Católica por sua mais alta autoridade - o Papa, e no cerimonial monárquico, pelos imperadores, imperatrizes, reis, rainhas, emir (chefe muçulmano), sheik (reinante nos Emirados Árabes) ou sultão (antigo título do Imperador da Turquia, hoje dado a príncipes árabes e maometanos). O cerimonial eclesiástico tem TRAJE ESPECIAL, também, para cardeais, arcebispos, bispos até para os padres, na celebração das Missas.

Considerados símbolos do mérito, as vestes talares - do latim, vestes longas, que vão até a altura dos calcanhares - têm o objetivo de destacar as autoridades, dando-lhes status e reforçando sua posição de poder. São utilizadas pelas altas autoridades do Poder Judiciário e das Universidades e Centros Universitários.

Nas Universidades, foram adotadas na Europa a partir do Século XIII, com o surgimento da figura do Reitor, como autoridade maior. A ele eram concedidos autoridade e poderes incomensuráveis e, para representar esse poder, determinou-se o uso das vestes talares. As utilizadas nas Universidades brasileiras são herança da Universidade de Coimbra - Portugal -, e são outorgadas a seus membros quando da posse e estão divididas em três tipos:










A capa acadêmica não é VESTE TALAR. É de uso dos universitários nas instituições européias. No Brasil, os formandos utilizam a beca preta na cerimônia de colação de grau, com mangas longas debruadas de branco, jabeaux branco e faixa na cintura, na cor da área do conhecimento.
Vestes talares reitorais


     REITORAL
-
                            Concedida quando o Reitor recebe seu cargo; compõe-se de BECA preta, CAPELO na cor branca (SAMARRA), JABEAUX, CINTO e BORLA (chapéu) na cor branca, anel, colar reitoral e bastão.
A cor branca é exclusiva do reitor e representa todas as áreas do conhecimento.

  Vestes talares doutorais

     DOUTORAL-
                             Concedida nas solenidades de doutoramento, inclusive Doutor Honoris Causa; compõem-se de beca preta, capelo (samarra), jabeaux, cinto e borla (chapéu) na cor da área do conhecimento do Doutor.

  Vestes talares professorais

     PROFESSORAL -
                              Exclusivo dos professores universitários, compõe-se de beca preta, com torçal e borla pendente, jabeaux e cinto na cor de sua área de conhecimento.

Capa Acadêmica
Não é considerada uma veste talar, mas se insere nos trajes especiais para o cerimonial na universidade.
Capa preta; mangas longas dobradas de branco; jabaeu branco (espécie de peitilho frente ao peito) e faixa na cintura, na cor da área de conhecimento do formando. Veja alguns termos utilizados no Cerimonial da Universidade, quanto às veste talares:
Beca

Capa preta de tecido diverso tem vários modelos. O mais comum é com mangas longas e duplas, pala larga, grandes costais, com sobrepeliz e franzido na cintura. Possui botões internos para abotoar, torçal com bola pendente, tarja na pala e costais, estas na cor da área do conhecimento do professor. A beca é do magistrado.
Suas medidas são iguais às da murça. Para os eclesiásticos é usada a túnica e para os magistrados e advogados, a toga.
Borla

Enfeite em forma de círculo, geralmente de madeira, recoberto de seda, com fios pendentes, preso pelo torçal que circunda a pala ou a gola da beca.

Capelo

Chapéu privativo do Reitor e dos Doutores Honoris Causa, sempre na área do conhecimento do doutor e na cor branca para o Reitor. Representa o poder temporal (analogia com a coroa real). Usado nas cerimônias de caráter oficial da Universidade, é obrigatório nas solenidades de concessão de grau, outorgas, posse, transmissão de cargo e na presença de autoridades. Os Reitores podem optar por não usá-los, devendo nesse caso, trazê-los na mão esquerda, colocando-os no centro da mesa, durante o evento.

Murça

Pequena capa, que vai até o cotovelo, usada sobre a sobrepeliz, assim como a samarra. Também conhecida como Muça.

Samarra

Também conhecido como chimarra ou simarra, é a veste superior das autoridades universitárias. Trata-se de uma túnica, pendente dos ombros até a altura do cotovelo, somente usado pelos Reitores, Chanceleres e Doutores. Outras pessoas, mesmo que representando o Reitor, não podem vesti-la. Os Reitores usam na cor branca, os doutores nas cores de sua área do conhecimento.

Torçal

Espécie de corda trançada, geralmente de seda, que reveste a pala e a gola da beca. É complementada pelas borlas pendentes.

Torçal com borla pendente

Espécie de corda trançada, geralmente de seda, que reveste a pala e a gola da beca. É complementado pelas borlas pendentes - enfeite em forma de bola, geralmente de madeira recoberta de seda - e ambos formam os alamares.

Jabeaux

Peitilho confeccionado em renda, semelhante a um babador, preso ao pescoço, pendendo na frente da beca.
Cinto
Faixa usada na cintura.
Borla ou Capelo

Chapéu privativo do Reitor, dos Doutores e Doutores Honoris Causa, sempre na cor de sua área do conhecimento - vermelho, azul ou verde - e na cor branca para o Reitor. Representa o poder temporal - analogia com a coroa real. Em algumas regiões do Brasil há controvérsia nessa denominação e, além de borla e capelo, encontra-se birrete, barrete ou chapéu.
Capelo ou Samarra

Também conhecida como simarra, pelerine ou muceta, é uma espécie de capa (capelo = capa pequena), solta sobre os ombros e presa à frente com alamares. Deriva da antiga vestimenta campesina, feita de pele de animal, como uma túnica, com mangas e capuz. É a veste superior da autoridade universitária, usada somente pelos Reitores, Chanceleres e Doutores.

                   Se a utilização dos trajes específicos serve para marcar a posição, o cargo, a função, porque o segmento universitário ainda se recusa a usá-los? Alguém já viu um militar em serviço não utilizar a farda destinada àquela ocasião? Um rei se nega a usar o manto e a coroa? E a CASACA, TRAJE DE GALA já comentado em artigos nossos, utilizada em ocasiões especiais?

Existem trajes para cada ocasião, situação, cargo ou função. Agora, é o bom-senso que prevalecerá.
black-tie

EVENTHUS BUFFET FORMATURAS
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




Gloria Kalil Responde: guia definitivo do dress code para todas as ocasiões!
"Nada pior do que errar o tom e ir com uma roupa equivocada a uma festa ou cerimônia, ou seja, errar o dress code. Você tem vontade de ficar invisível num canto da sala ou se atirar embaixo do tapete”. A frase é do livro Chic[érrimo], de Gloria Kalil, e sintetiza bem o drama que todo mundo passa ao menos uma vez na vida: que roupa usar (e como usar) em determinadas situações.

Para solucionar estas e outras dúvidas, o Chic relança a partir de agora a seção de consultoria. Toda sexta e segunda-feira, Gloria vai falar sobre moda, estilo e etiqueta, com a finalidade de desvendar os códigos do bem-vestir.

Abaixo, um guia do que significa cada tipo de traje - geralmente especificados nos convites formais (pergunta dos leitores Patricia, Milene e Gustavo).

TRAJE ESPORTE

Tipo de evento: almoços, exposições, churrascos, batizados, festas infantis.
Clima: simples e informal. Significa uma roupa descomplicada.
A roupa certa: peças avulsas como saias ou calças da estação + t-shirt ou suéter coloridos; terninhos esportivos, vestidos de alcinhas; ou calça + camisa branca; calças cápri.
Tecidos: crepes, algodões, linhos, tecidos com stretch (verão); veludos, malhas, camurças (inverno)
Acessórios: esportivos, como sapatilhas, botas, sandálias baixas; bolsa maior.

TRAJE PASSEIO, ESPORTE FINO OU TENUE DE VILLE
Tipo de evento: Almoços, vernissages, teatro.
Clima: um toque de formalidade.
A roupa certa: blusas, túnicas, calças mais caprichadas; vestidos ; tailleurs ou terninhos.
Tecidos: algodões, microfibras, jérseis (verão); veludos, camurças, malhas, sedas (inverno).
Acessórios: sapatos ou sandálias de salto e bolsa maior para o dia, ou pequena para a noite. Belas bijuterias.
A roupa errada: look brilho total, com decotes ousados, joias poderosas.

PASSEIO COMPLETO OU SOCIAL
Tipo de evento: jantares, coquetéis, óperas, casamentos, comemorações oficiais. São trajes mais formais.
Clima: formalidade total. É hora de festa fina.
A roupa certa: vestidos curtos com detalhes de brilho, decotes, fendas e transparências; paletó + saia ou calça de tecidos nobres.
Tecidos: georgettes, chiffons, musselinas, shantungs, rendas.
Acessórios: sapatos ou sandálias de salto. Xales, echarpes e bijoux ou joias vistosas. Maquiagem mais nítida.
A roupa errada: saiu do trabalho de calça + blusa + bota + xale e deu uma passadinha.

TRAJE BLACK-TIE, TENUE DE SOIRÉE OU RIGOR
Tipo de evento: noites de gala, bailes, grandes premiações.
Clima: de requinte, sofisticado. É hora dos vestidos de baile, o clima é de sedução.
A roupa certa: vestidos longos ou curtos muito sofisticados. Decotes, transparências, brilhos, bordados preciosos.
Tecidos: poderosos, como brocados, tafetás de seda, shantungs, zibelinas, rendas, georgettes.
Acessórios: sapatos ou sandálias de salto bem altos. Estolas, casaquinhos preciosos, peles etc. Joias ou bijoux muito especiais.
A roupa errada: “pretinho” básico. Pior: com sapato ou sandália esportivo, tipo tamanco.

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Trajes Masculinos


Meio Fraque

Traje Corte-Ingles





Traje Rigor Fraque
Traje Rigor Smoking
Traje Rigor Casaca


Traje Passeio Completo masculino-feminino

Gloria Kalil Responde: DICAS DE TRAJES PARA CELEBRAÇÕES DA FORMATURA...
As festas que comemoram a graduação na faculdade - colação de grau e baile de gala - são um rito de passagem importante e motivo de alegria na vida de muita gente e, claro, ninguém quer fazer feio nesse dia tão especial. Não à toa, muitos chicnautas ficam em dúvida sobre o que usar nessa ocasião.

A principal razão para tantas dúvidas é que não existe um dress code para formaturas; o estilo da comemoração pode variar muito - alguns formandos só colam grau, outros preferem festas que lembram os tradicionais bailes norte-americanos e tem ainda aqueles que querem apenas uma balada entre amigos.

Vamos ver a seguir o que seria o mais apropriado para a maior parte das comemorações que acontecem neste dia:

Colação de grau
São tradicionalmente realizadas em casas de show ou grandes teatros; os convidados ficam na plateia sentados e, portanto, devem escolher roupas confortáveis. Mas não exagerem: nada de jeans! O traje ideal é o esporte fino: calça social + camisa, para eles (não precisa usar gravata); vestidos mais simples, calça + blusa ou saia + blusa, para elas..

Os formandos estarão de beca e não precisam se preocupar com o look que vão usar por baixo. A questão aqui é a programação pós-colação: escolha sua roupa de acordo com ela.

Baile
Normalmente são black-tie. Se este for o caso, longo para formandas e mães dos formandosPara eles, é hora do smoking. Seria bom que os rapazes se rebelassem e não usassem a variação proposta por empresas que organizam estas festas e que determinam que eles usem gravata borboleta e cinto vermelhos fazendo com que se pareçam garçons de churrascaria.

As convidadas podem ir de longo, longuete ou com um vestido curto bem sofisticado. Não há restrição de cor, mas evitem o branco, que já se tornou uma cor de noiva ou debutante. Calça ou saia + blusa não são uma opção para o black-tie!

Agora, se no seu convite vier especificado traje social ou passeio completo, a roupa ainda é formal, mas não é mais hora nem de longos, nem de smokings. Prefira os curtos chiques e, para eles, terno escuro, com camisa social e gravata.

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Origem: Coluna Chic/autora Gloria Kalil

Um comentário:

  1. As vestes talares, de uso característico pelos clérigos, têm sua origem nos trajes sacerdotais da Santa IGREJA CATÓLICA.

    No ambiente acadêmico, fazem parte do Cerimonial, sendo adotadas pelas universidades européias a partir do século XIII, com o aparecimento da figura do reitor. Símbolos de poder, de posição hierárquica, as vestes talares têm o objetivo de destacar as pessoas que as utilizam das demais, dando-lhes especial representatividade. Os advogados também usam vestes talares (beca) em sua profissão. A palavra talar vem do LATIM talus, calcanhar, daí a expressão veste talar, "aquela cujo comprimento vai até os calcanhares"


    VIVA A SANTA IGREJA CATÓLICA ❤❤

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